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A força da arte feminina em Alagoas pelas mãos de jovens artistas

Com o intuito de fomentar a produção artística feminina em nosso estado, o projeto Ciclos Visuais reúne obras de 8 mulheres na exposição “Desaguar e Identidade”, em cartaz até o dia 31 na Galeria do Complexo Cultural do Teatro Deodoro, buscando viabilizar um ambiente propício para a criação, divulgação e compartilhamento de obras visuais, vivências e referências femininas. Além de expostas, estão também à venda.


O projeto Ciclos Visuais põe em destaque importantes expoentes do ser feminino artístico alagoano, mas carrega também o espírito revolucionário mundial que luta contra a imagem da mulher apenas como um personagem secundário, objetificado e sexualizado que por séculos vêm sendo denunciado por Guerrilla Girls – grupos que denunciavam a falta de visibilidade e oportunidades às artistas mulheres nos espaços-.
É importante ressaltar que além da produção visual, o projeto procura debater sobre a experiência de ser mulher artista em um meio controlado majoritariamente por homens, reivindicando assim suas falas, suas artes, seus espaços e memória. Com isso, o projeto Ciclos Visuais pretende ir além da sua primeira exposição ampliando seu time e gerando visibilidade a outras artistas mulheres em toda Alagoas.


A Primeira Exposição: Desaguar e Identidade


O projeto Ciclos Visuais foi selecionado na faixa 3 no edital do Prêmio Vera Arruda no quesito Novas Iniciativas, publicado no dia 28 de dezembro de 2020 no Diário Oficial pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e através disto, sob coordenação dos artistas Geoneide Brandão, Oriana Pérez e Leonardo Acioli, conseguiu também a parceria da Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (DITEAL) para utilizar um dos seus espaços, a Sala de Dança, para a pré-produção da exposição de lançamento de suas obras em conjunto. E apesar de selecionadas, o repasse do prêmio que serviria para custear a vigente exposição ainda não foi realizado pela Secult, que já foi notificada várias vezes pelos meios disponíveis para contato mas que ainda não foi resolvido, reiterando ainda mais a importância do projeto na luta.


Na Diteal foram realizadas reuniões para decidirem os temas mensais a serem produzidos e encontros de produção, aos quais também são documentados e registrados a partir de relatórios, fotografias e vídeos. A primeira exposição, que iniciou dia 19 de abril e termina em 31 de maio, de forma virtual, está dividida em 2 ciclos, sendo o primeiro intitulado “Desaguar” e o segundo “Identidade”, reunindo 8 artistas, 12 obras no total dos dois ciclos e 8 obras de apresentação.


Nesse contexto, a ocupação de um espaço que apoia essas intervenções artísticas e culturais é de grande importância tanto na formação do profissional quanto para o registro da memória feminina nas artes em Alagoas e latinoamericana, bem como um incentivo para outras mulheres.


Desaguar e Identidade tem a força feminina de mulheres guerreiras que trazem das suas lutas o dom da arte de poder ressignificar pelas mãos de Júlia Dudu, enquanto descendente indígena, Julyanne Sêmele,  descendente quilombola, Yasmin Falcão, mulher negra, Marina Nemésio, nordestina, Nayò, como descendente quilombola, Amanda Prado, Alagoana, Geoneide Brandão, militante  LGBT e Oriana Pérez, sendo imigrante, fortalecendo e ampliando ainda mais visões e perspectivas no sentido social e cultural.
O projeto Ciclos Visuais conta com o apoio de LirizLab, Pedro Firmino, Ateliê Chico Simas, Diteal, Vidraçaria Paulo Dias e o incentivo de comunicação de Pei Shung Fon e Keka Rabelo.

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