Todo mundo conhece uma pessoa que caiu em algum tipo de golpe, se é que não foi vítima também. Neste domingo, dia 31/10, o Câmera Record vai relatar quais são os principais, como o do sequestro-relâmpago, que aumentou 40%, o do aplicativo clonado, com 15 mil casos em 2021, e o do falso financiamento. O programa também apresenta, com ajuda de autoridades e especialistas, dicas para se proteger dos bandidos.
Pix e o sequestro-relâmpago
De janeiro a julho deste ano, foram registrados mais de 200 boletins de ocorrência de sequestros-relâmpago no estado de São Paulo, 40% a mais do que em relação aos sete primeiros meses de 2020. Um desses casos foi o do Lucas, 31 anos. Ele foi abordado por três bandidos quando estava dentro do carro mexendo no celular, distraído. O trio o manteve refém no veículo durante sete horas e percorreu 25 km pela cidade. Viveu momentos de terror. “Um deles ficava apontando a arma no meu pé, na minha cabeça, ficava me ameaçando, que se eu esquecesse a senha ele iria me matar”, revela. No caminho, a quadrilha zerou todas as contas da vítima em três bancos. Lucas perdeu quase R$100 mil.
Aplicativo clonado
O golpe do aplicativo clonado também vem se tornando cada vez mais comum. Os bandidos invadem o telefone e acessam informações que podem causar muita dor de cabeça. Por dia, 15 mil pessoas são vítimas desse tipo de crime no Brasil. Fátima achou que conversava com a filha pelo celular, mas era um golpista. Depois de clonar o Whatsapp de Paula, o bandido mandou uma mensagem com a foto dela para a aposentada. O criminoso – se passando por Paula – gostaria de realizar um pagamento pelo aplicativo do banco e perguntou se Fátima poderia ajudar com dinheiro. Foi o que ela fez: depositou R$3.453 na conta de um homem e nunca mais viu o dinheiro de volta. “É uma situação de impotência, mexeu muito com meu emocional”, descreve Fátima.
Central telefônica clandestina
Inazeli, de 78 anos, teve um prejuízo de R$90 mil em menos de meia hora. A aposentada caiu no golpe da central telefônica clandestina. A aposentada foi fisgada com uma ligação de uma falsa atendente de banco. Assustada, procurou a agência com a golpista na linha. A pedido dela, trocou todas as senhas do banco e as repassou para criminosa. Ela só sentiu o golpe ao entrar em uma farmácia para comprar remédios. “Não havia mais dinheiro na minha conta. Foi aí que caiu a ficha”, relata. Os ladrões fizeram transferência via pix, anteciparam o 13º salário dela, quitaram dois boletos de cartão de crédito, e ainda realizaram um empréstimo que a própria vítima está pagando para os golpistas. No total, Inazeli sofreu uma perda de R$90 mil reais.
Falso financiamento
Já Leandro foi atraído por algo queparecia um investimento, mas na verdade era uma armadilha que deixou sua família sem emprego e sem casa. Ele ganhava R$ 4 mil por mês como motoboy, o que dava para manter a esposa e os três filhos. Só que sempre sonhou em ter um carro, para dar mais conforto à família. Ele vendeu sua moto e, ao ouvir o anúncio de uma empresa de financiamento numa rádio, não pensou duas vezes: a procurou para pedir crédito. Uma linha de R$ 30.900 seria desbloqueada a partir do pagamento de algumas taxas, como um seguro fiança. Toda negociação foi feita por telefone e aplicativo de mensagens. Com o dinheiro da moto, Leandro fez as transferências via Pix para três pessoas diferentes, mas depois do depósito, o dinheiro não apareceu na conta do motoboy. Quando foi ao banco, levou um susto: “Eu puxei o extrato, estava lá o valor, porém o banco havia devolvido como cheque roubado, furtado ou não assinado”, conta.
O Câmera Record vai ao ar no domingo, às 23h45. A apresentação é de Marcos Hummel.