A Globo apresentou nesta segunda-feira (14), em um evento virtual, seu plano comercial para a Black Friday deste ano. De acordo com a emissora, o projeto será pautado pela entrega de mídia orientada por dados, formatos de alcance como Globo Impacto e Globomax, a integração de ações de conteúdo com oportunidades de licenciamento, participação talentos Globo e influenciadores com novos formatos digitais, além da customização de serviços que permitem o monitoramento antes, durante e pós Black Friday.
Entre os destaques apresentados está um programa inédito para o GNT, que tem a proposta de misturar entretenimento e ofertas com desafios rápidos. Comandado por Dani Calabresa e Fabio Porchat, o projeto conta com 16 episódios de cinco minutos, que serão veiculados ao longo de novembro, e dois especiais ao vivo de meia hora, exibidos nos dias 25 e 26.
A iniciativa prevê, também, desdobramentos nos intervalos da TV Globo e conteúdos para os perfis do GNT nas redes sociais.
O hub de conteúdo reúne uma variedade de informações sobre tendências de consumo voltados para a data forte do varejo que, neste ano, será em 26 de novembro. O objetivo é oferecer uma proposta multiplataforma que dialoga com dados e tecnologia, conectando marcas e consumidores de forma relevante para os negócios. O foco está em auxiliar as marcas e empresas a desenvolverem uma comunicação mais eficiente e assertiva, direcionada a impulsionar vendas.
Manzar Feres, diretora de Negócios Integrados em Publicidade da Globo, destaca que, ao antecipar as discussões sobre a principal data do varejo, a meta é ajudar as marcas a desenvolverem soluções capazes de fisgar a disputada atenção do consumidor.
“Acreditamos que existem milhões de oportunidades que podem ser exploradas nas estratégias de comunicação das marcas para a Black Friday 2021 e que esse leque de possibilidades ganha ainda mais corpo quando trabalhado com antecedência, aplicando inteligência de dados e usando o apoio de parceiros estratégicos para que os anunciantes tenham o melhor retorno possível sobre seus investimentos”, diz a executiva em nota.
Ela frisa que “esse caminho pode ser bastante beneficiado com o apoio da tecnologia, atrelada a conteúdos de qualidade, no desenvolvimento de ações e projetos comerciais que diminuam a fricção entre desejo de consumo e compra, especialmente em uma data em que ofertas e descontos têm tamanho apelo no momento da decisão do consumidor”, conta Manzar, destacando que é um trabalho que exige tempo e dedicação, mas pode fazer da Black Friday deste ano “um marco no momento de retomada no setor de comércio no Brasil”.
Com a previsão de que perto de 80% da população brasileira tenham tomado ao menos a primeira dose da vacina até outubro, a perspectiva é que a retomada da economia reative, a partir do segundo semestre, não apenas o consumo como um todo, mas também as áreas que dependem de maior contato direto com a clientela, com destaque para o setor de serviços, em segmentos como o turismo, explicou a apresentadora Mônica Waldvogel na live que marcou o lançamento da plataforma Black Friday Globo 2021 na manhã desta segunda-feira, que foi acompanhada por agências e anunciantes de todo o país.
Como falar com o novo consumidor
Ela conversou com Henrique Simões, gerente de Inteligência de Mercado para o setor de Varejo da Globo, sobre as principais tendências e insights para a Black Friday deste ano, com base na mudança nos hábitos do consumidor. A pesquisa, que ouviu 1.681 pessoas, indica que 57% dos entrevistados afirmaram que tiveram piora em sua situação financeira na pandemia, mas 51% esperam que essa situação melhore ainda no segundo semestre do ano.
Há ao menos quatro pilares a serem usados como referência para iniciar um planejamento nesse novo cenário de mercado, destaca ele. É que, após o período de restrições, a reativação dos negócios vai acontecer trazendo o desafio de dialogar com um novo consumidor. As pessoas passaram a planejar mais as suas compras, pedir maior agilidade de quem vende, cobrar comprometimento das marcas com a preservação ambiental, o que exige uma reinvenção da comunicação com o consumidor.
O foco está em aprender a como se comunicar com o consumidor de outra forma, atendendo a seus novos desejos e exigências, enquanto a marca comunica seus valores. “No mercado de limpeza doméstica, por exemplo, o conceito é outro. Antes, se olhava para fragrância e outros aspectos mais estéticos. Agora, os produtos têm de matar bactérias”, aponta Simões. “É tudo novo e tem que ser olhado com atenção para entender esse cenário”, complementa ele.
Tem destaque nesse contexto o fortalecimento do comércio on-line. Três em cada dez entrevistados declararam ter comprado mais produtos via e-commerce ao longo da pandemia. Deles, 24% afirmaram que planejam manter esse hábito.
O ajuste na comunicação com o novo consumidor deve considerar os pontos críticos dessa relação on-line. Embora 49% dos entrevistados digam encontrarem dados disponíveis e úteis sobre produtos em que têm interesse no ambiente digital, mais da metade (52%) afirma que o excesso de informação acaba dificultando a decisão de compra. Mais que isso: 57% das pessoas ouvidas avaliam o atendimento via chat como “muito raso”, não ajudando com as informações necessárias, fazendo com que 59% prefiram receber explicações sobre um produto diretamente de uma pessoa antes de comprar.