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Mercado de games tem boas vendas na quarentena, mas futuro preocupa

Enquanto grande parte dos setores econômicos do Brasil e do mundo sofrem com os efeitos da pandemia do novo coronavírus, exigindo que governos aportem quantias extraordinárias para sustentá-los neste período de isolamento social, a indústria de jogos eletrônicos vive um momento oposto. Com a população estimulada a ficar em casa para conter a dispersão do vírus, a busca por novos métodos de entretenimento – games entre eles – aumentou de forma recorde no primeiro trimestre de 2020.

Levantamento da consultoria NPD Group mostra que, só nos Estados Unidos, o consumo de jogos gerou US$ 10,6 bilhões em receitas, incremento de 9% em relação ao mesmo período de 2019. A marca foi a melhor da história para os primeiros três meses do ano – historicamente um período considerado fraco na indústria por ser rescaldo do Natal, com poucos lançamentos.

Já pesquisa da Nielsen Brasil feita na semana entre os dias 16 e 22 de março, quando se iniciou o distanciamento no País, mostra que consoles tiveram crescimento de 137% de vendas no varejo, na comparação com a semana anterior. Já as vendas de jogos e periféricos subiram 103%.

Muitas moedinhas

Esse aumento nas vendas também apareceu nos balanços do primeiro trimestre de 2020 das principais empresas do setor, com a maioria delas superando suas previsões para o período e destacando o efeito que o novo coronavírus teve no setor. Maior desenvolvedora de games da Europa, a Ubisoft teve um desempenho 16% melhor que o esperado no primeiro trimestre, com receita de 388 milhões. Segundo Bertrand Chaverot, presidente da francesa na América Latina, o bom desempenho também se repetiu no Brasil.

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