O Instituto Cervantes de São Paulo em continuidade com a décima primeira edição do Festival Baila España, e em parceria com outras unidades do Cervantes em todo o mundo, apresenta dois ciclos de CineDança: “Corpos mediados” e “Matéria Bosque”. Ao todo são 14 videodanças ibero-americanas disponibilizadas na plataforma Vimeo de 07 a 21 de outubro a partir das 15h (horário de Brasília). Confira a programação:
Corpos Mediados – De 7 a 13 de outubro.
Composto por quatro obras de criadores ibero-americanos que lidam com animação, performance audiovisual, cinedança ou ferramentas próprias da coreografia documentário. Nestes curtas-metragens, os corpos funcionam como estruturas de transmissão e bases narrativas de diferentes formas, áreas e gêneros para formar obras e corpos mediados pela câmera, na tela e na linguagem audiovisual.
Programa:
El encuentro, de Juliana Reyes (2020)
Colombia, 50 min
O encontro é uma encenação audiovisual da companhia L’Explose produzida pelo Teatro Colón de Bogotá, na qual o encontro criativo entre cinco dançarinos colombianos e cinco músicos alemães se torna uma canção de despedida para o fundador de L’Explose, Tino Fernández, falecido em 2020.
Lazarus, de Tuixén Benet Y Ángela Boix (2020)
Espanha/Estados Unidos, 9 min
Através de um diálogo entre movimento e paisagem, Lazarus reflete sobre a objetificação do corpo feminino no cinema. A famosa frase de Edgar Allan Poe “a morte de uma bela mulher é, sem dúvida, o tema mais poético do mundo” desencadeia uma sucessão de quedas e recuperações que escapam à poética ao tentar encontrá-la.
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Precarizada, de Josefina Gorostiza (2020)
Argentina 5 min
É um curta-metragem performativo da artista argentina Josefina Gorostiza, selecionado em colaboração com o Festival Ibero-Americano de Logroño (FITLO), trata da tentativa de tensionar a relação entre dança, trabalho remunerado e não remunerado .
Este vídeo foi feito para o Carlow Arts Festival (Irlanda) em junho de 2020 e foi especialmente desenvolvido para ser visualizado em dispositivos eletrônicos.
Pointer 1630, de Armando Quintana Castro (2022)
Cuba, 4 min
Esta curta-metragem de animação, cuja estreia mundial faz parte da digressão FIVER 2022, foi produzida pela Fiver e é da autoria do artista cubano Armando Quintana Castro, juntamente com Rezak e Artistas Inflamables. O trabalho foi concluído durante a residência FIVER no Centro Coreográfico de La Rioja com o apoio da Acción Cultural Española e do Governo de La Rioja
Matéria Bosque – De 14 a 21 de outubro
Um ciclo de exibição de curtas-metragens de cineastas ibero-americanos que busca celebrar a força poética das árvores, que, nestes tempos de eco-transição social, são símbolos inspiradores de regeneração, e exemplos de como podemos aprender a habitar e cuidar do mundo.
Programa:
El Viento de Paula, de Nacho Arantegi (2017)
Espanha, 5,5min
É uma obra de videodança ambientada na paisagem da margem do rio Ebro com seus choupos na primavera, momento de especial beleza em que o pappus felpudo cobre o chão, formando um manto branco sobre a terra.
Conversaciones con un árbol, de Rouge Elea (2019)
Espanha/França, 3min
É muito provável que no final desta viagem todos se encontrem deitados debaixo da árvore enquanto se perguntam: Eu sou a natureza? Existe um cervo dormindo dentro de mim? Engraçado, quase tenho a impressão de ouvir a árvore crescer? Há 15 anos, Corine Cella se pendura em árvores para dançar. Ander Fernández arranha a madeira de seu violão e o papel de sua caneta há 15 anos. Juntos, eles iniciam uma conversa poética com as árvores.
Bailando Canarias – Geografías del Movimiento, de Sergo Méndez (2022)
Espanha, 2 min
Bailando Canarias é um projeto para tornar a dança mais visível nas Ilhas Canárias, incluído no programa “Geografias do movimento” dirigido por Dácil González. É composto por vídeos de dançarinos e criadores das ilhas gravados em diferentes locais do arquipélago com o propósito de unir a riqueza geográfica das Ilhas com a sua riqueza cultural.
Sergo Méndez é cinegrafista e criador de vídeos de Santa Cruz de Tenerife especializado em artes cênicas. Os performers Daniel Abreu e Teresa Lorenzo são bailarinos e coreógrafos canários com uma longa carreira criativa.
Tala, de Luciana Croatto (2022)
Espanha, 5 min
Uma planta vive enquanto suas raízes estiverem vivas.
Luciana Croatto nasceu em Santa Fé, Argentina (1985) e faz parte do coletivo Artistas Inflamáveis, companhia de dança e teatro físico experimental. Tem mestrado em Práticas Cênicas e Cultura Visual do Museu Reina Sofía pela Universidade de Castilla La Mancha.
Arbasoei, de Ikerne Mendieta (2021)
Espanha, 7 min.
Arbasoei é uma história pessoal e coletiva escrita na pele e na rocha, no corpo e na raiz, no sopro e na madeira, nos ossos e no mar. Arbasoei honra os ancestrais, olha para trás para ver adiante. Ele vai fundo para ver a perspectiva do imenso exterior. Desfaz os laços para transformá-los em suporte e empurrão para a vida. Se rende a tudo o que foi e se dissolve no que é.
Beings of Nature, de Zuk Performing Arts (2016)
Espanha, 7 min
Duas pessoas buscam na floresta a conexão com a natureza e consigo mesmas. Quando se encontram, seus corpos começam a conversar entre si, o que os leva a reconhecer seus próprios sentimentos um no outro.
Cáustico, de Alfredo Salomón (2012)
México, 6 min.
A videodança explora os arquétipos de Chapeuzinho Vermelho e do Lobo Mau através do que o diretor chama de vídeo-corpo. Alfredo Salomón (México, 1968) é um artista cuja disciplina de origem é a imagem em movimento. Tem atuado em áreas como ciência, engenharia, música, atuação e, nos últimos anos, em dança. Fã da pele e da tecnologia, Salomón está atualmente explorando a relação entre sua câmera de vídeo, o corpo e o movimento.
La Muerte de la Chamana -Amazonia 2040, de Martha Hincapié Charry (2022)
Alemanha/Colombia, 4 min
A obra reflete sobre o presente, passado e futuro da selva amazônica e explora a expressão e resistência de conceitos como lar , habitat e habitantes em tempos de crise climática.
Martha Hincapié Charry é uma artista colombiana BIPOC (Black, Indigenous and People of Color) baseada em Berlim. Coreógrafa, performer, pesquisadora e curadora decolonial de dança e performance, suas criações foram convidadas para festivais na Europa, Ásia e América. Ela também é diretora da plataforma Sur/Real Berlin.
Rizomática, de Malena Altamirano y Diego Alejandro (2022)
Argentina, 4 min.
O rizoma está sujeito a linhas de segmentação e fuga que sempre apontam para novas direções. Eles podem ser quebrados, interrompidos em qualquer lugar e a qualquer momento, e ressurgir com novas alianças. Rompem com a lógica linear, qualquer ponto do rizoma pode ser conectado com qualquer outro ponto, pois é uma unidade heterogênea. O rizoma é sempre uma multiplicidade que não se deixa reduzir nem ao uno nem ao múltiplo. É um mapa que constrói, um sistema muito aberto e suscetível a constantes modificações. O rizoma está constantemente se reproduzindo.
Zenit, de Derek Pedrós (2018)
Espanha, 3 min.
A palavra zênite vem do árabe e significa ‘curso, direção’. Nesta peça, a direção do performer e as árvores que o cercam apontam sempre para o céu. Na floresta para crescer alto é preciso estar bem enraizado.
Daniel Morales é bailarino e coreógrafo formado em dança urbana e desenvolveu uma linguagem própria através da exploração da dança contemporânea. Derek Pedrós é fotógrafo e autor de várias obras de cinedanza com cenários naturais de grande beleza. Feito com o apoio do Cabildo de Tenerife.
Serviços:
Instituto Cervantes de São Paulo
Mostra de VideoDança Baila España
Corpos Mediados – De 7 a 13 de outubro / 15h
Matéria Bosque – De 14 a 21 de outubro / 15h
Onde: https://vimeo.com/showcase/bailaespana2022
Grátis.