A tradicional festa de réveillon da Avenida Paulista, em São Paulo foi cancelada. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (17) que não será realizada a virada deste ano devido ao novo coronavírus e ao risco de transmissão da doença que a aglomeração pode provocar.
“Hoje anunciamos que também não teremos Réveillon na Paulista nesta virada de ano. Tanto a prefeitura quanto o governo entendem como muito temerário organizarmos um evento para 1 milhão de pessoas para dezembro deste ano”, afirmou Covas em entrevista coletiva concedida no Palácio dos Bandeirantes.
Covas ressaltou que, apesar das perdas econômicas para a cidade, o importante é a manutenção da saúde da população.
“A área da saúde foi preponderante para que a gente tomasse essa decisão. Não há nenhuma possibilidade de se pensar nesse momento numa festa que reúne 1 milhão de pessoas. Claro que o réveillon na Paulista ajuda o setor de turismo, mas é um evento muito mais para os paulistanos do que para os turistas”, afirmou ele.
O coordenador do Centro de Contingência do estado de São Paulo contra o coronavírus, Paulo Menezes, afirmou que a decisão vai ajudar a salvar vidas. “Não é momento para pensar nisso. O Centro de Contingência fica mais tranquilo. Vamos evitar muitas mortes dessa forma, salvando vidas.”
Adiamento do Carnaval
Sobre o possível adiamento do Carnaval de 2021, o prefeito confirmou que tem conversado com políticos de outras grandes cidades, como Rio de Janeiro e Salvador, para encontrar uma nova data.
Ele enfatizou a necessidade de pelo menos seis meses de antecipação para a organização dos desfiles das escolas de samba.
“Na nossa cidade também temos o Carnaval de rua, que requer um prazo menor de organização do que o do sambódromo. Em dois ou três meses dá para organizar o de rua. Para a realização no sambódromo, pelo menos seis meses, entre a preparação e ensaios das escolas. Não é apenas aglomeração no dia do desfile, mas duas ou três mil pessoas em uma quadra para ensaiar”, afirmou.
Virada Cultural on-line
Bruno Covas também disse que a Virada Cultural, um dos principais eventos da cidade, será totalmente on-line. O prefeito também afirmou que mantém contato com os organizadores da Parada LGBTQ+ e da Marcha para Jesus, que foram adiados para novembro.
“Seguimos conversando com organizadores de dois outros grandes eventos, que são a Parada LGBTQ+ e a Marcha para Jesus, que deveriam ter acontecido, mas foram adiados para novembro. Seguimos conversando e, assim que tivermos uma posição, vamos divulgar.”